por Redação
Microcefalia e Síndrome de Guillain-Barré são acometimentos que, segundo a ciência, muito provavelmente estão relacionados com o zika vírus. Mas as pesquisas sobre o micro-organismo ainda são limitadas e há a possibilidade de que existam outros problemas causados por ele. Um recente estudo, resultado da parceria entre brasileiros e norte-americanos, aponta que existe outra doença fetal que pode estar relacionada ao zika. Veja a seguir do que se trata.
Zika vírus causaria outra alteração no desenvolvimento fetal
O estudo foi realizado por pesquisadores brasileiros - da Secretaria Estadual da Saúde da Bahia e da Fundação Oswaldo Cruz - e norte-americanos – da Universidade do Texas e de Yale. Eles estudaram o caso de um bebê nascido morto cuja mãe foi infectada com o zika.
A mulher, que estava com 20 anos durante a gestação, descobriu durante um exame de ultrassom, feito na 18a semana de gravidez, que o peso do bebê estava bem abaixo do normal, o que pode indicar alterações no desenvolvimento. Ela não teve nenhum sintoma da doença, como vermelhidão nos olhos, febre ou dor no corpo.
Na 30a semana de gestação, foram descobertas diversas anomalias e na 32a semana os médicos induziram o parto.
Deformidades do feto
O bebê tinha microcefalia severa, quase nenhum tecido cerebral, hidrocefalia (condição em que o tecido cerebral é diminuído e há acúmulo de líquido na cavidade craniana), calcificações e lesões em parte do cérebro, hidrotórax (acúmulo de líquido entre as pleuras do pulmão), edema subcutâneo e ascite (inchaço abdominal). Os pesquisadores também identificaram a presença do zika vírus no feto.
Esse conjunto de danos causados pelo acúmulo de líquidos é chamado de hidropisia fetal, acometimento que ocorre em fetos e pode estar relacionada com outros vírus, como o citomegalovírus e parvovírus.
Zika é mesmo a causa?
Apesar de o estudo dar indícios de que o zika vírus pode causar a hidropsia fetal, ainda não é possível afirmar que existe uma ligação certa entre eles. Mais estudos são necessários, principalmente aqueles que analisem fetos de mulheres que sofreram aborto espontâneo.
Créditos: Texto extraído do site www.bolsademulher.com
Imagens: ARTUR STOTCH/SHUTTERSTOCK
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