quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Pesquisa liga nascimento por cesárea a aumento de risco de obesidade

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Uma grande pesquisa realizada nos Estados Unidos sugere que crianças que nasceram de cesárea têm um risco maior de desenvolver obesidade principalmente quando comparadas a irmãos nascidos de parto normal.
Os pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard afirmaram que isto pode ocorrer porque os bebês nascidos de parto normal são expostos a bactérias saudáveis presentes no corpo da mãe que têm um papel importante para regular a dieta.
No entanto, outros especialistas disseram que podem haver outros fatores que influenciam a saúde da criança no futuro.
Entre estes fatores podem estar a dieta da mãe, se ela teve diabetes durante a gravidez e se o bebê foi amamentado.
Bebês que nascem de cesárea têm menos chances de ser amamentados e já foi mostrado que a falta de leite materno no início da vida pode aumentar o risco de obesidade.
E, claro, a dieta da criança também afeta o peso dela no futuro.

O estudo, publicado na revista especializada Jama Pediatrics, acompanhou 22 mil bebês até a idade adulta.
Causa
No estudo, os pesquisadores americanos da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e outras instituições do país descobriram, depois de fazer ajustes que levavam em conta vários fatores incluindo o peso e a dieta da mãe, que os bebês que nasceram por cesárea tinham 15% mais chances de desenvolver obesidade.
Em famílias nas quais os filhos nasceram com métodos diferentes, os que nasceram por cesárea tinham 64% mais chances de ser obesos do que os irmãos e irmãs nascidos por parto normal.
Mas os pesquisadores não afirmam categoricamente que a cesárea é a causa da obesidade ou explicam os mecanismos por trás da ligação entre este tipo de parto e a obesidade.

De acordo com eles, a melhor possibilidade de explicação é a diferença existentes na microbiota intestinal (ou flora intestinal) entre os bebês nascidos em diferentes tipos de parto.

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Para outros especialistas também é preciso levar em conta a dieta da mãe antes e durante a gravidez

A microbiota ou flora intestinal é o termo usado para descrever os micróbios que colonizam nossos corpos e que variam de uma pessoa para outra.
Para as mães que fazem cesárea uma técnica para passar estas bactérias saudáveis para os bebês é a chamada "seeding" ("semeadura"), na qual o fluido vaginal que têm esta flora bacteriana é passado na criança. Mas os médicos afirmam que esta técnica não está livre de riscos de infecção.
Simon Cork, pesquisador associado do Departamento de Medicina Investigativa do Imperial College de Londres, afirmou que existem muitos fatores a serem considerados quando se trata do risco de obesidade em uma criança e não apenas o tipo de parto que tiveram.
"No geral a bibliografia que cerca esta área sugere que pode haver uma ligação entre a cesárea e a obesidade. Mas esta ligação não está totalmente comprovada e nem compreendida."
"Os partos por cesárea são, mais frequentemente, resultado de uma necessidade médica ao invés de serem eletivos, e, por isso, este risco superaria qualquer preocupação da mãe com a possibilidade no futuro de problemas ligados ao peso (da criança)", explicou Cork.
Mas o Brasil tem o mais alto índice de cesarianas do planeta. O Ministério da Saúde considera uma epidemia: 84% dos partos na rede privada são cesáreas e na rede pública a taxa é de 40%.
O recomendado pela OMS é de 15%.

Escolha

Neena Modi, presidente do Royal College of Paediatrics and Child Health, na Grã-Bretanha, afirmou que ainda são necessárias mais pesquisas para comprovar se a cesárea aumenta mesmo a possibilidade de obesidade da criança.
"A cesariana pode salvar as vidas de mulheres e seus filhos. Mas muitas mulheres hoje estão considerando a possibilidade de uma cesárea quando não é indicação do médico."
"É importante que elas sejam informadas sobre a possibilidade do aumento do risco de obesidade nos filhos padra ajudá-las a fazer uma escolha esclarecida", alertou.
"Também é importante para os pais se concentrarem em fatores que podem influenciar e que definitivamente tem um impacto na saúde da criança. Isto inclui manter um peso saudável na época da concepção e durante a gravidez", acrescentou.

Créditos: Texto extraído do site www.bbc.com/portuguese

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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Afinal, para que serve a campanha Setembro Amarelo?

POR DAIANA GEREMIAS

Quando eu era criança, minha irmã mais velha namorava um rapaz que tinha uma paciência imensa comigo e, sabendo do meu gosto pela escrita, escrevia cartinhas para mim com frequência, contando coisas bobas como o fato de que Lollo era seu chocolate favorito e Legião Urbana, sua banda predileta. De repente, ele sumiu, e só alguns meses depois minha mãe teve coragem de me contar: ele tinha se matado, pulado da janela do prédio onde morava.
Saber do verdadeiro motivo do seu sumiço me deixou muito mais triste do que o meu medo de que ele simplesmente tivesse deixado de ser meu amigo – além disso, senti raiva da minha mãe e da minha irmã, por não terem me dito nada no dia em que aconteceu. Desde então, sempre me pergunto o que é que faz com que uma pessoa tenha a coragem de pular da janela, de decidir acabar com a própria vida.
Alguns anos depois, na faculdade de Jornalismo, aprendi que suicídio é algo que raramente noticiamos, justamente por ser um tabu tão grande e, ao mesmo tempo, dependendo da forma como se conta a história, pode ser que ela sirva de incentivo para que mais pessoas se matem.
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Tem que falar, sim


Em 2012, a cada 100 mil pessoas brasileiras, sete tiveram a mesma atitude do ex-namorado da minha irmã – de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a proporção é de 20 tentativas de suicídio para cada caso registrado. A mesma OMS afirma que 90% dos suicídios poderiam ser evitados e, justamente por isso, várias instituições que trabalham com o tema se uniram para criar a campanha Setembro Amarelo, que existe desde 2014.
A proposta do movimento é justamente a de debater o assunto para que, dessa forma, suicidas em potencial possam ter acesso a meios de buscar ajuda e tratamento. “É possível prevenir quando falamos sobre o tema, porque é uma questão de atenção, de cuidado com as pessoas”, disse Adriana Rizzo, voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), em declaração publicada no Estadão.
A campanha teve grande adesão nas redes sociais e, de acordo com a página do CVV no Facebook, a cada 45 minutos uma pessoa se mata no Brasil, e a cada 40 segundos alguém se mata em alguma parte do mundo.
Durante o mês de setembro, diversas instituições e pessoas físicas estão aderindo à campanha através da cor amarela, que é exposta por meio de iluminação, faixas, fitas e panos estampados em fachadas de casas e prédios. No sábado (10), Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, às 20 horas, está marcada uma mobilização geral, que pede para que as pessoas acendam uma vela perto de uma janela de suas casas, como sinal de respeito por quem cometeu suicídio e pelas pessoas que vivem angustiadas pensando sobre isso.

Sobre ajudar


Uma das campanhas compartilhadas nas redes sociais, no entanto, vem sendo questionada. Essa campanha específica diz que a pessoa que está compartilhando aquela imagem se disponibiliza a conversar com alguém que tenha pensamentos suicidas.
Ainda que a intenção seja boa, é preciso lembrar, no entanto, que o ideal é que uma pessoa preparada para lidar com o assunto converse com um suicida em potencial, para evitar que algum comentário acabe encorajando a pessoa em vez de fazer o contrário. Se a ideia é amparar, o fundamental é ajudar a pessoa que demonstre ter ideias suicidas a buscar tratamento em instituições como o próprio CVV.
É preciso evitar expressões de críticas e julgamentos ao falar com alguém que pense em suicídio. Em vez disso, fundamental é mostrar que você se importa com a pessoa e se disponibilizar a procurar ajuda ao lado dela. Deixar de ver amigos e familiares, ter mudanças bruscas de humor e aparentar tristeza e apatia por muito tempo são sinais que indicam que alguém pode precisar de ajuda. Fique atento.

Créditos: Texto extraído do site www.megacurioso.com.br

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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Selfies podem causar infestação de piolhos

É isso mesmo: tirar fotos junto com os amigos aumenta o contato dos cabelos e promove infestações

foto: Maira Chiodi

As famosas selfies, fotografias tiradas de si mesmo pela câmera do celular, podem justificar o aumento de uma praga bem conhecida na infância: o piolho. Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente, na Holanda, analisou 2 mil voluntários em escolas da região. Descobriu-se que 28% dos alunos do primário e 19% do ensino médio carregavam o inseto no couro cabeludo. No levantamento, cerca de três quartos dos casos ocorreram nas meninas. A explicação que os cientistas encontraram é, no mínimo, curiosa: de acordo com a conclusão do artigo, a proximidade necessária para realizar os retratos facilita a transmissão do inseto. Sim, o bicho pula de uma cabeça para outra!

Se você acha que o piolho só vive em cabelo sujo, está bem enganado. Esses seres que medem apenas 2,5 milímetros — são quase invisíveis a olho nu — preferem madeixas lavadas todos os dias. Em época de surtos, é importante impedir que os pequenos compartilhem bonés, pentes ou presilhas, além de prender os cabelos mais longos para evitar o intercâmbio de bichos. Se os achados holandeses forem comprovados em novas pesquisas, é provável que as selfies também sejam contraindicadas nos períodos de infestações. Por fim, vale ficar de olho em coceiras atrás das orelhas e da nuca, locais onde o inseto adora se instalar. O médico pode prescrever o melhor tratamento para acabar com o incômodo.

Créditos: Texto extraído do site mdemulher.abril.com.br

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sábado, 10 de setembro de 2016

Alimentos que devem ser evitados durante o aleitamento: médica aponta quais

ESCRITO POR CAMILA SILVA, colunista do VIX.com

SASO NOVOSELIC/ISTOCK

Segundo a Unicef, o aleitamento materno até o sexto mês de vida poderia evitar anualmente a morte de 1,3 milhão de crianças menores de cinco anos de países em desenvolvimento. Amamentar é fundamental para desenvolvimento do bebê e, até os seis meses de idade, deve ser considerada a única forma de alimentação. Só depois desse período, com a supervisão de um especialista, que pode-se começar a inserir outros alimentos.

Amamentação: alimentos não recomendados para mãe
Apesar dos pontos positivos, a obstetra Mônica Thaysa Rocha Cavalcante esclarece que o período de amamentação pode trazer algumas dúvidas para as mães de primeira viagem sobre como se alimentar da forma mais adequada. Quais alimentos ou ingredientes devem ser evitados para não prejudicar o aleitamento.

De acordo com a especialista, durante o período de amamentação, as mães precisam ter alguns cuidados com a ingestão de determinados alimentos, bebidas e medicações até para evitar as famosas cólicas dos bebês. “A alimentação da mãe deve ser balanceada, rica em vitaminas e proteínas”, enfatiza Mônica.

SASO NOVOSELIC/ISTOCK

Por isso, a obstetra indica para as mães quais ingredientes e alimentos devem ser encarados com cuidado e, se possível, evitados durante o período de lactância:

- Evite o consumo exagerado de alimentos ricos em açúcar, sal e gordura, que assim como para a saúde do adulto, pode ser altamente prejudicial para o sangue do bebê;
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, que obviamente por seu teor químico e tóxico não são recomendados na alimentação do lactente;
- Evite consumo de café, chocolate e estimulantes, que também podem estimular o ânimo do bebê, dificultando o sono e o descanso necessário para a recuperação e desenvolvimento após o parto;
- Evite frutas cítricas e alimentos apimentados, que podem provocar cólicas e desconforto gástrico no recém-nascido.

Todos esses itens podem ser prejudiciais para o recém-nascido e desenvolvimento do bebê, ou alterar a qualidade do leite oferecido nos primeiros meses de aleitamento exclusivo.

Créditos: Texto extraído do site www.vix.com

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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Passar bicarbonato para tirar cravos resolve? Dermatologista fala sobre truque

ESCRITO POR GIOVANNA MAZZEO, Colunista do VIX

BORDYUG ANNA/SHUTTERSTOCK

Na tentativa de se verem livres dos cravos, muitas pessoas acabam cometendo verdadeiras loucuras sem pensar nas consequências. Apesar de parecerem inofensivas, máscaras caseiras podem ser muito perigosas para a pele e não devem ser usadas indiscriminadamente.

Bicarbonato com limão faz mal?
Algumas pessoas têm usado máscara caseira feita com bicarbonato de sódio, água e suco de limão para eliminarem os pontos pretos do rosto, mas a dermatologista Mônica Aribi alerta para o perigo da mistura, que quando aplicada no rosto pode causar formigamento, queimação e vermelhidão.

“O limão mancha a pele muito facilmente, por isso é super contraindicado aplicá-lo na pele independente da finalidade”, comenta.

Além de ser perigoso, a dermatologista ressalta que o bicarbonato não é capaz de combater os cravos. “O bicarbonato resseca a pele e por isso as pessoas acham que ele é capaz de secar os cravos, mas o orifício do cravo é muito profundo, não adianta ressecar o entorno dele porque isso não faz com que o cravo saia”, explica Mônica.

De acordo com a dermatologista, esta máscara pode queimar em volta do orifício da glândula em que está o cravo, ressecar a pele e ainda não resolve o problema.

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Dependendo da quantidade de bicarbonato usada e da forma como ele age em cada tipo de pele, o ressecamento pode ser intenso a ponto de causar manchas.

Cravo no rosto: como tirar?

GOED/SHUTTERSTOCK

A dica para quem quer se livrar dos cravos gastando pouco é fazer uma mistura de creme hidratante com açúcar cristal e passar no rosto fazendo movimentos circulares.

“Molhe o rosto, faça a esfoliação, deixe a mistura agir por alguns minutos no rosto e depois retire com água morna”, explica a dermatologista.

Depois disso, coloque uma toalha com água morna sobre o rosto e deixe por 15 minutos. Passe uma gaze sobre o rosto para tirar os resíduos e finalize passando água termal e protetor solar.

O procedimento pode ser repetido até duas vezes por semana. Se você perceber que não está surtindo efeito, procure um dermatologista, mas nunca esprema.

Créditos: Texto extraído do site www.vix.com

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terça-feira, 30 de agosto de 2016

'Doping da beleza': Os riscos do uso constante de anabolizantes para tentar atingir o 'corpo perfeito'

Carla Knoplech Do Rio de Janeiro para a BBC Brasil

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O sonho de ter o corpo dos sonhos leva muitas pessoas a fazer uso constante de anabolizantes

Entre as afinidades do casal Camilla e Rafael, juntos há cinco anos, uma delas é determinante para o sucesso do relacionamento: eles têm em comum a meta de fortalecer e definir seus corpos e fazem de tudo para que isso aconteça.
Aos 21 anos, os estudantes de administração e educação física - ela e ele, respectivamente - recorrem a uma alimentação regrada, atividade física diária e também a ciclos de anabolizantes - um método de injeção de hormônios que causa hipertrofia muscular.
Ele faz o tratamento com ajuda médica e aplica a si mesmo uma dose pequena de esteroides por semana. Ela pesquisa sozinha informações na internet e pede que o namorado faça a aplicação em seu corpo.
Camilla Gabriel da Silva sonha em ter curvas e músculos, e para alcançar o resultado desejado passou a usar doses de Oxandrolona e Stanozolol, substâncias que compra em sites e lojas dedicadas ao gênero na internet.
"Pesquiso muito, procuro saber o que pode causar no meu corpo e se não são anabolizantes falsos", explica Camilla.

'Look bombado'

"A primeira vez que usei foi há dois anos e não fez muito resultado. Só tomar, não malhar e não se alimentar bem não ajuda, é preciso fazer o pacote todo", emenda a morada de Inhaúma, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, que admira o padrão "bombado" das saradas de academia.
Já Rafael recebe as orientações para uso de anabolizante diretamente do seu médico, o qual visita com regularidade há quatro meses, desde que começou um tratamento para ficar mais forte. Em pouco tempo ele passou e se sentir mais bem disposto, ter um desempenho melhor na musculação e ficou menos cansado nos treinos da academia.
"Falam tanto do uso de hormônios, mas ninguém critica o moleque de 16 anos que sai todo final de semana para beber dilacerando o próprio fígado. Se forem comprovar, as lesões de uma má alimentação são muito maiores", opina Rafael do Nascimento, de 21 anos e futuro fisiculturista.
Ele engrossa o caldo dos defensores dos esteroides que lotam academias de ginástica e procuram médicos que topem receitá-los ilegalmente, já que a reposição hormonal é proibida para fins estéticos.
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Crescimento alarmante
E o fenômeno não é isolado. Dados do mercado de anabolizantes revelam que o número de usuários não para de crescer. Só nos Estados Unidos cerca de 3 milhões de homens fora do ambiente esportivo usam esteroides, de acordo com levantamento de agosto de 2015.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Brasil, um em cada 16 estudantes adolescentes já fez uso desse tipo de hormônio. É um número alarmante, de um submundo que envolve vendas em academias, laboratórios caseiros piratas, produtos falsificados no mercado e o consumo sem orientação médica.

"Não existe dose segura de anabolizante. Você só tem indicação de reposição hormonal quando há uma deficiência comprovada e diagnosticada. Se você está oferecendo hormônio a mais do que já produz (no corpo), você irá necessariamente suprimir a produção endógena", explica a endocrinologista Cynthia Valério, membro da SBEM.
Vira e mexe ela lida com esses casos no consultório e precisa explicar aos pacientes que o método, além de inseguro, é ilegal, e, portanto, não os realiza.
Usuários ávidos por anabolizantes costumam entoar a frase que "quem cresce naturalmente é planta" e é assim que justificam, na maioria das vezes, a utilização do método.
Porém, ignoram riscos de efeitos colaterais sérios, como tumores no fígado, impotência sexual, infarto, arritmias, derrame cerebral e até mesmo a morte. Apesar de não viciar, o uso contínuo de esteroides pode trazer uma grande dependência, nesse caso a emocional. Ela é retroalimentada pelo bem-estar provocado através dos efeitos estéticos rápidos que o anabolizante causa.

Em alguns casos, o usuário fica cada vez mais forte e não consegue notar o exagero de músculos. A esse transtorno dá-se o nome de vigorexia.

"A grande diferença entre quem sofre de vigorexia e pessoas que somente querem ficar muito fortes é a distorção da imagem corporal. O vigoréxico se enxerga de forma distorcida e sempre menos forte do que é, além de ter comportamentos obssessivos: todo tempo livre e pensamentos são voltados a ficar mais forte, prejudicando a vida social, afetiva e até mesmo profissional", explica a psicóloga Daniela Faertes, especialista em mudança de comportamento.
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Secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem diz que uso de anabolizantes pode até levar à morte

'Consequências irreversíveis'
Um empresário de 36 anos que preferiu não se identificar e será citado nessa reportagem como Luis da Silva usa desde 2003, em ciclos, os anabolizantes Durateston, Deca Durabolin e Hemogenin. Ele viu a sua vida social melhorar consideravelmente depois que passou a "tomar bomba", como ele mesmo diz.
"Você passa a se sentir bem pra caramba, a mulherada passa a te olhar", explica Luis da Silva.
Luis faz parte de uma legião de usuários de anabolizantes que realiza um verdadeiro doping da beleza.
O método é o caminho mais curto para atingir padrões físicos que seriam conquistados em um tempo natural maior apenas com exercícios físicos e dieta balanceada; ou nunca conquistados, por uma falta de pré-disposição do seu biotipo físico.
"Há que se conscientizar as pessoas sobre o mal que essas substâncias causam à saúde, provocando efeitos colaterais que trazem consequências irreversíveis e podem até levar à morte", explica Rogério Sampaio, secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). "O uso de anabolizantes por frequentadores de academias é bastante preocupante."
Um dos personal trainners mais requisitados do país, o preparador físico Chico Salgado tem uma cartela estrelada de clientes, além de uma academia própria onde ensina diversos tipos de lutas para seus alunos. Ele costuma dizer que não adianta querer mudar o corpo rapidamente só para se preparar para uma data especial: é preciso conquistar a forma dos sonhos aos poucos e, o principal, mantê-la.
"Tudo que vem fácil, vai fácil. Eu sou muito contra o uso de anabolizantes até pelo alto risco de câncer", diz Salgado, entre uma aula de luta e outra, por telefone.
Casos mal sucedidos de uso de anabolizantes não faltam para contar a história. Um caso recente é o do cantor baiano Netinho, que há dois anos teve um sangramento no fígado causado pelo uso excessivo de anabolizantes e foi internado às pressas.
Procurado para esta reportagem, ele não quis dar entrevistas, mas sua assessora de imprensa disse por e-mail: "Ele só voltará a falar sobre esse assunto no momento do lançamento do livro que está escrevendo, chamado Nada como viver!".

Créditos: Texto extraído do site www.bbc.com/portuguese/topics/c4794229-7f87-43ce-ac0a-6cfcd6d3cef2

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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Vírus são mais perigosos de manhã do que à noite, diz estudo

James Gallagher Repórter de ciência da BBC News

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Chances de infecção aumentam se ela ocorrer pela manhã, beneficiada por alterações no relógio biológico

Vírus são mais perigosos quando infectam suas vítimas pela manhã, de acordo com um estudo recente feito pela Universidade de Cambridge.
A pesquisa, publicada pela revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, mostrou que os vírus têm dez vezes mais sucesso em adoecer a sua "vítima" se a infecção tiver início pela manhã, aparentemente porque nosso relógio biológico está mais suscetível.
E a mesma pesquisa percebeu, em seus estudos com animais, que um relógio biológico desajustado – algo provocado por jornadas de trabalho em turnos diferentes ou jet lag – sempre está mais vulnerável a infecções.
Para os pesquisadores, as descobertas podem ajudar a reforçar o combate a pandemias.
Vírus – ao contrário de bactérias e parasitas – são completamente dependentes de sua capacidade de “sequestrar” o maquinário dentro das células para se replicar. Mas essas células mudam muito como parte desse padrão de 24 horas conhecido como relógio biológico, que influencia, por exemplo, o funcionamento do nosso sistema imunológico e a liberação de hormônios.
No estudo, camundongos foram infectados com o influenza, que causa a gripe, ou com o vírus da herpes. E os animais infectados durante a manhã apresentaram níveis virais dez vezes maior do que aqueles infectados durante a noite.
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Os vírus que chegavam mais tarde falharam em um processo que, metaforicamente, pode ser explicado como se eles estivessem tentando fazer operários reféns dentro de uma fábrica, mas depois que o turno dos operários tivesse terminado.
“Há uma grande diferença”, disse o professor Akhilesh Reddy, um dos pesquisadores, à BBC. “O vírus precisa de todo o aparato disponível na hora certa (para ser eficaz), mas uma pequena infecção pela manhã pode se desenvolver mais rapidamente e se espalhar pelo corpo.”
Reddy acredita que as descobertas podem ajudar a controlar surtos de doenças.
“Em uma pandemia, ficar em casa durante o dia pode ser importante (para) salvar vidas. Se os testes comprovarem a hipótese, isso pode ter um grande impacto."

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Relógio biológico
Outros testes mostraram que alterar o relógio biológico de um animal os deixa “presos” em um estado que facilita o sucesso de vírus.
“Isso sugere que quem trabalha em turnos diferentes - quem trabalha às vezes de madrugada e às vezes durante o dia e, por isso, tem um relógio biológico desajustado - está mais sujeito a doenças virais”, explica Rachel Edgar, autora principal do estudo.
“Se isso for confirmado, esses trabalhadores podem se tornar candidatos a receber a vacina anual da gripe”, completa.
Os pesquisadores usaram apenas dois tipos de vírus no estudo.
Mas os dois eram muito diferentes (um era vírus de DNA e o outro de RNA), o que leva os pesquisadores a acreditar que o princípio se aplica a um grande número de vírus.
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Cerca de 10% dos genes – as instruções para gerenciar o corpo humano – mudam durante o dia, e isso é controlado pelo relógio biológico interno.
A pesquisa focou em um gene chamado Bmal1, que tem o pico de atividade durante a tarde tanto em camundongos quanto em pessoas.
“É a ligação com o Bmal1 que é importante, já que quando seu nível está baixo (durante a manhã) você fica muito sujeito a infecções”, diz Reddy.
Curiosamente, o Bmal1 fica menos ativo em pessoas durante os meses de inverno - sugerindo que ele pode ter um papel no fato de as pessoas estarem mais sujeitas a infecções nessa época do ano.
Já há outras evidências da ligação entre o relógio biológico e infecções: vacinas contra gripe são mais eficientes se tomadas pela manhã, e o jet lag afeta o desempenho do parasita da malária.

Créditos: Texto extraído do site www.bbc.com/portuguese/geral-37112106

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