quinta-feira, 7 de maio de 2015

Excesso de álcool na adolescência compromete cérebro


© D.R. Excesso de álcool na adolescência compromete cérebro
O termo inglês “binge drinking” não tem tradução na língua portuguesa, mas pode ser referido como o repetido abuso de grandes quantidades de álcool num só dia, por exemplo, quando se sai à noite.

Este comportamento é típico da idade adolescente mas carrega perigos que são visíveis durante o resto da vida. De acordo com um novo estudo realizado na Universidade de Duke (EUA), os jovens que habitualmente são adeptos do “binge drinking” colocam em causa, para toda a vida, as suas capacidades cerebrais de aprendizagem e memória.

Os cientistas descobriram que a exposição ao álcool de forma regular e em volumes significativos – numa altura em que o cérebro ainda não se encontra plenamente desenvolvido – resulta em anormalidades que acompanham a pessoa e o respetivo comportamento até à velhice, para além de travar a chegada à maturidade emocional.

Mary-Louise Risher, investigadora naquela universidade afirma: “aos olhos da lei, quem chega aos 18 anos é considerado adulto. Mas o cérebro continua a amadurecer e a refinar até cerca dos 25 anos. É importante para os jovens saber que quando bebem em excesso durante este período, podem ocorrer mudanças cognitivas com um impacto longo em várias funções cerebrais”.

A aprendizagem ocorre quando as atividades sinápticas são fortes o suficiente para transmitir sinais entre os neurónios. Os adolescentes devem possuir ligações fortes, de modo a armazenarem as grandes quantidades de informação que lhes permitem transformar-se em adultos.

O que acontece com o abuso do álcool é que essas ligações aumentam de tal maneira que causa uma espécie de “curto-circuito”. E, em consequência, há um período em que não é possível ao cérebro aprender mais nada. Se o abuso de bebidas alcoólicas for repetido, também se multiplicam as alturas “em branco”.

“Para a aprendizagem ser eficiente, o cérebro necessita de um equilíbrio delicado entre excitação e inibição. Qualquer excesso em ambas as direções causa disrupções cognitivas”, garante a mesma especialista. Por outro lado, “o álcool causa um efeito de imaturidade nas células cerebrais, que pode levar ao arrastar da imaturidade comportamental”, diz Mary-Louise Risher numa entrevista concedida ao jornal “Alcoholism: Clinical and Experimental Research”.

Créditos:www.msn.com foto:© D.R. Excesso de álcool na adolescência compromete cérebro
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