É sabido que passar muitas horas a ver televisão aumenta a incidência do excesso de peso e da obesidade infantis. É por isso que muitos adultos limitam os períodos diários em frente aos ecrãs. Mas isso pode não ser suficiente. De acordo com um estudo apresentado recentemente no congresso anual das Sociedades Académicas Pediátricas, os efeitos nefastos do “sedentarismo televisivo” começam a aparecer após os primeiros 60 minutos, especialmente nas crianças em idade pré-escolar e as que frequentam o primeiro ano do Ensino Básico.
Para o trabalho, realizado com o apoio do Centro Nacional de Estatísticas Educativas dos Estados Unidos, os pesquisadores analisaram dados referentes a 11 113 crianças que frequentaram o pré-escolar no ano letivo de 2011-2012, nomeadamente o tempo dedicado a ver televisão durante a semana e aos fins-de-semana. Em paralelo, foi-lhes medida a altura e o peso.
Um ano depois, foi feita uma análise semelhante a hábitos de TV, peso e altura. Os resultados mostraram que as crianças do pré-escolar e do primeiro ano viam uma média de três horas e meia de TV por dia. E as que viam entre uma e duas horas apresentavam índices de massa corporal significativamente mais altos dos que assistiam durante períodos menores que 60 minutos.
Em paralelo, as crianças que assistiam a mais minutos de TV tinham uma incidência 39 por cento maior de se tornarem obesas entre o pré-escolar e a entrada para o primeiro ano do Ensino Básico.
“Dadas estas evidências, os pediatras e os pais devem tentar restringir ao máximo o tempo passado pelas crianças e ver televisão”, defende Mark D. DeBoer, catedrático de Pediatria da Universidade Estadual da Virgínia. O mesmo especialista diz ainda que as duas horas recomendadas pela Academia Americana de Pediatras são excessivas. “Talvez seja tempo de baixar o tempo recomendado”, concluiu.
Créditos:msn.com/
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