sexta-feira, 6 de março de 2015

Vulvodínia: distúrbio pode afetar a vida sexual. Entenda!

VULVODÍNIA: DISTÚRBIO PODE AFETAR A VIDA SEXUAL. ENTENDA!
Vaginismo, candidíase, corrimentos e dores na relação sexual. Estes problemas já são conhecidos por inúmeros ginecologistas e mulheres. Mas tem um que ainda não é muito divulgado: a vulvodínia, uma doença pouco conhecida da vulva - a parte externa dos órgãos genitais femininos. Entre os sintomas mais comuns relatados pelas mulheres estão a dor ou desconforto crônico com duração superior a três meses, sem causa definida, que acomete essa região. O grande problema para diagnosticar o distúrbio é que estes sintomas se confundem com os de outras patologias da vulva.

Um estudo americano, divulgado em 2014 e feito com mais de 1.700 mulheres, observou o surgimento de 4 casos novos de vulvodínia para cada 100 mulheres/ano, com presença maior em jovens e casadas. A doença foi classificada em 1983 pela Sociedade Internacional de Estudos sobre Doenças Vulvares (ISSVD), e um levantamento publicado em 2009 pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) avaliou que, por ser pouco conhecida, a vulvodínia ainda é inclusive desconhecida por alguns médicos.

"Acredita-se que o distúrbio atinja 16% das mulheres de todas as idades e etnias. A dor crônica diminui a qualidade de vida geral, o que prejudica desde o relacionamento íntimo até a estrutura familiar, como trabalho e relacionamento interpessoal. Mulheres ainda têm vergonha de se queixar disso ao ginecologista", reforça o ginecologista e obstetra Alfonso Massaguer, diretor clínico da Clínica Mãe.Assim, mulheres com essa doença, geralmente, apresentam história de muitas consultas médicas e inúmeros tratamentos, porém, todos sem sucesso. "A vulvodínia, normalmente, atinge mulheres durante a vida reprodutiva. Os sintomas podem ser fracos ou muito intensos. Ardor e dor vaginais são as queixas mais comuns, podendo também acontecer incômodos durante o sexo", observa Ana Lúcia Beltrame, ginecologista-obstetra e especialista em reprodução humana.

A recomendação da médica é a de que, caso a mulher apresente algum dos sintomas, procure um ginecologista para que inicialmente seja feito o diagnóstico e, uma vez feito, que sejam indicadas as orientações mais adequadas para minimizar a dor e a irritação vulvar. "Deve-se recomendar o uso de roupas íntimas de algodão, estas que podem ser evitadas durante a noite. Portanto, todos os potenciais irritantes para a região da vulva devem ser afastados, inclusive cremes e produtos perfumados que geralmente contêm álcool e substâncias irritantes. Procure não usar também sabonetes perfumados na região vulvar e lenços umedecidos", afirma Ana Lúcia.

Se não tratada, os efeitos negativos do distúrbio na vida da mulher são muitos. "A dor crônica é causa de grande prejuízo da qualidade de vida e pode intensificar quadros de depressão, dificuldade de relacionamento íntimo, ruptura da estrutura familiar com as diversas consequências associadas, a dor pode gerar mudança no hábito urinário que pode comprometer o desempenho profissional e causar constrangimentos, entre outros", alerta o ginecologista Alfonso Massaguer.




SINTOMAS DA VULVODÍNIA
"Os sintomas podem variar entre dor, coceira, queimação, pontadas e irritação na vulva [parte externa da vagina] e até mesmo sensação de estar em carne viva. Estes sinais podem ainda atingir toda a região da vulva, ou apenas o clitóris ou a entrada vaginal. Mulheres de todas as faixas etárias, desde a adolescência, podem ser acometidas por esse problema", explica o ginecologista e obstetra Alfonso Massaguer, diretor clínico da Clínica Mãe.



DEPRESSÃO E SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL (SII) PODEM APARECER
Segundo estudo da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), alguns problemas como cistite intersticial (doença crônica que é caracterizada por dor na bexiga e pelve, que vão desde um desconforto até uma dor severa), dores de cabeça, nas costas, síndrome do intestino irritável, além da depressão e outras situações podem agravar os sintomas da vulvodínia.

"A dor crônica da vulvodínia é uma causa de grande prejuízo para a qualidade de vida e pode intensificar quadros de depressão, dificuldade de relacionamento íntimo e ruptura da estrutura familiar com as diversas consequências associadas. A dor pode gerar mudança no hábito urinário, inclusive, comprometendo o desempenho profissional e causar constrangimentos, entre outras situações", alerta Alfonso.LEIA MAIS: Mitos e verdades sobre digestão.



DOR DURANTE A RELAÇÃO SEXUAL É UMA QUEIXA FREQUENTE
Os sintomas da vulvodínia variam de intensidade: fracos, moderados e incapacitantes, chegando a interferir nas atividades diárias da mulher.A dispareunia, ou seja, dor durante a relação sexual, é uma queixa frequente das mulheres com vulvodínia.

Além disso, a maioria destas pacientes relata problemas na vida sexual."Quando uma mulher não se preocupa em tratar a vulvodínia, ela pode ter algumas complicações, principalmente de origem sexual. No entanto, dependendo da intensidade da dor, atividades diárias também podem ser comprometidas", observa a ginecologista-obstetra Ana Lúcia Beltrame.



DIAGNÓSTICO DO DISTÚRBIO É FEITO POR EXCLUSÃO
"O diagnóstico é de exclusão, ou seja, outras doenças, principalmente infecções, devem ser descartadas para se fazer o diagnóstico de vulvodínia. O exame físico da vulva, pela avaliação dos músculos pélvicos e a detecção de alguns pontos dolorosos por meio da pressão realizada por um cotonete, podem auxiliar no diagnóstico", completa Ana Lúcia.

"Por vezes, são recomendadas avaliações por outros profissionais também, como neurologistas, nutricionistas e psicólogos para melhor orientação da paciente", completa Alfonso Massaguer.




HISTÓRICO CLÍNICO É IMPORTANTE PARA CARACTERIZAR A DOR DA PACIENTE
Nesse diagnóstico criterioso da vulvodínia, segundo o texto produzido pela Febrasgo, é necessária uma cuidadosa avaliação dessa dor, analisando, por exemplo:A localização da dor;Tipo de dor, início e intensidade;Os fatores que desencadeiam essa dor;Checar para onde ela se irradia e em que locais estão os pontos sensíveis de dor.Além disso, é importante observar quais fatores irritam e aliviam o problema, qual a resposta a possíveis medicações e qual o impacto dessa dor nas atividades sexuais ou diárias.

Deve ser avaliado ainda o histórico de vulvovaginites (inflamação ou infecção da vulva e da vagina), doenças sexualmente transmissíveis, a presença e frequência de relação sexual, o número de parceiros, o uso de preservativo e métodos contraceptivos e até mesmo o estilo de vida da paciente (o tipo de roupa íntima que usa e se pratica algum esporte, por exemplo).




TRATAMENTO PARA O DISTÚRBIO É INDIVIDUALIZADO
O tratamento da vulvodínia, explica Alfonso Massaguer, é individualizado e se baseia no conhecimento dos fatos e fatores associados ao distúrbio."Algumas pessoas podem se beneficiar de anestésicos ou hormônios locais, mas alterações na alimentação podem ser bastante benéficas.

Exercícios no períneo (o grupo muscular que fica na base da pelve - bacia) costumam ajudar a região a relaxar, e antidepressivos podem controlar a dor crônica. No entanto, as recomendações são individualizadas, não sendo possível uma orientação geral", reforça o ginecologista e diretor da Clínica Mãe.


Fonte:http://www.msn.com/pt-br/saude/saude/vulvod%C3%ADnia-dist%C3%BArbio-pode-afetar-a-vida-sexual-entenda/ss-BBhVSsp?ocid=mailsignoutmd#image=7

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