Um dos principais desafios da ciência moderna, o câncer é uma doença sumariamente complexa por ser desenvolvido a partir de múltiplos fatores.
Com o passar dos anos, os casos de câncer têm sido cada vez mais frequentes. Por isso, enumeramos algumas das possíveis razões para entender este fenômeno.
A população mundial está envelhecendo
Os mais velhos são mais propensos a contrair câncer. Aproximadamente 77% dos casos são diagnosticados em pessoas maiores de 55 anos. Levando em conta que a população de idosos pode dobrar até 2060 devido ao aumento exponencial da expectativa de vida, o cenário não é otimista. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, a expectativa de vida naquele país é de 79 anos e a idade média de mortos por causa do câncer é 73 anos.
Obesidade é um fator de risco
A obesidade cresceu vigorosamente nos maiores países do mundo não apenas por conta do crescimento dos restaurantes fast-food, mas pela falta de prática de exercício físico, falta de uma boa dieta e falta de controle do peso médio.
No ano passado, a American Society of Clinical Oncology (ASCO) constatou que a obesidade se tornará o maior fator de risco para se contrair câncer, inclusive, ultrapassando o tabaco.
A obesidade está associada aos seguintes tipos de câncer: mama (após a menopausa), cólon, esôfago, endométrio, pâncreas, rim, tireoide e vesícula biliar.
Alguns tipos de câncer estão aumentando
Existem várias formas de câncer cujo ritmo de aparição aumentou expressivamente nas últimas décadas.
Conheça algumas delas:
HPV
O Vírus do Papiloma Humano é a doença sexualmente transmissível mais comum de se pegar. Segundo o Center of Disease Control (CDC), 79 milhões de norte-americanos estão infectados com HPV, na maioria das vezes, sem apresentar os sintomas. Câncer no cérebro e no cólon são, cada vez mais, atribuídos ao HPV. Além do mais, tipos específicos de HPV podem causar câncer no colo do útero, vagina, vulva, pênis e ânus.
Na maioria dos casos, as células infectadas com HPV são curadas por nosso sistema imunológico, mas, no caso em que o vírus decide atacar, a doença pode não só infectar, como alterar as células, eventualmente desenvolvendo um tipo de câncer que só pode ser identificado anos depois de sua infecção.
Câncer gastrointestinal
Este tipo de câncer afeta o sistema digestivo: estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas e intestino grosso e delgado. O número de casos de câncer desta forma aumentou exponencialmente, e a obesidade contribuiu bastante para isso. Aproximadamente a metade dos norte-americanos que sofrem de câncer no fígado também tiveram infecções crônicas de hepatite C, que coincide com o aumento da idade média da população.
Câncer na região gastrointestinal é difícil de ser diagnosticado, pois os sintomas podem se confundir com enfermidades cotidianas, como, por exemplo, irritação no cólon. Por conta disso, o câncer se expande silenciosamente.
Câncer de pele
Ainda que seja um dos tipos de câncer mais fáceis de prevenir, o câncer de pele é um dos mais comuns. A inadequada proteção ante os raios solares e excesso de bronzeado são fatores que contribuem para o seu aumento. De acordo com o CDC, desde 2001 o número de pacientes com câncer de pele só tem crescido.
Em 2014, o U.S. Surgeon General alertou que 33% dos cidadãos norte-americanos sofreram, pelo menos uma vez, queimaduras do sol. Os dois tipos de câncer de pele mais comuns são carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas que se formam, principalmente, no rosto, no colo, nas mãos e nos braços.
Os melanomas contribuem em menos de 2% dos casos de câncer de pele, mas, na maioria das vezes, são fatais. Por isso, fique sempre precavido quando se expor ao sol!
Créditos:www.batanga.com.br Imagens:THINKSTOCK
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