quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Pílula não é só riscos e pode despencar suas chances de ter um tipo de câncer

por Beatriz Helena

A pilula anticoncepcional foi um marco na trajetória das mulheres. Útil para prevenir a gravidez, ela também é utilizada para tratar algumas doenças. Embora apresente malefícios quando prescrita inadequadamente, segundo estudo publicado na revista médica britânica The Lancet Oncology Journal, o remédio também pode auxiliar na prevenção do câncer de endométrio.

Câncer de endométrio: o que é

A camada interna do útero é o endométrio. É ele que, durante o ciclo ovulatório, descama e libera a menstruação. “O câncer de endométrio está ligado à hiperestimulação hormonal, seja pelo uso de medicamento o pelo tempo. Por isso, a doença é mais comum em mulheres mais velhas”, explica a oncologista Mariana dos Santos Barbosa, da clínica Oncomed, de Belo Horizonte (MG).

Anticoncepcional e o câncer
Segundo o estudo, as mulheres que fizerem uso crônico de anticoncepcional só de progesterona ou de combinação com estrógeno tiveram redução das chances de desenvolver câncer no endométrio – e ela permaneceu ao longo do tempo. “Uma mulher que fez o uso do remédio com 20 anos de idade por um período de 10 anos, por exemplo, aos 60 ainda vai apresentar o fator de proteção e 25% menos de riscos de desenvolver a doença”, conta a médica.

Mas, Mariana comenta que a incidência deste tipo de câncer é pequena. “Por volta dos 70 anos, apenas 3% das mulheres podem desenvolver a doença. Com o uso do medicamento, essa porcentagem baixou para 1,5%”.

Riscos do anticoncepcional

No entanto, a especialista alerta para os efeitos colaterais do uso da pílula. “Esse tipo de estudo não é indicação para que todas as mulheres tomem pílula anticoncepcional. É preciso que um médico faça uma avaliação para analisar os riscos do uso, de acordo com cada caso”, orienta.

Quem pode tomar anticoncepcional

Pessoas com histórico familiar de trombose ou embolia pulmonar, tabagistas com mais de 35 anos e cardiopatas, por exemplo, são grupo de risco e devem ter o uso acompanhado constantemente por especialista, orienta Mariana.

A oncologista finaliza explicando que, embora possa funcionar como uma proteção contra o câncer do endométrio, a pílula não combate o câncer no colo do útero, por exemplo, doença causada por um vírus transmitido através de relações sexuais. Por isso, além da camisinha, a visita ao médico ginecologista para a realização dos exames preventivos deve ser regular.​

Créditos: www.bolsademulher.com Imagens:THINKSTOCK

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